III Conferência Europeia das Geografias das Sexualidades
“Cruzando Fronteiras: sexualidades, mídias e espaços urbanos”
(Roma 16-18 Setembro 2015)
Apresentações e chamadas para papers
Mídias e tecnologias obtiveram um papel proeminente nas nossas vidas cotidianas, (re)modulando a relação ente corpos, espaço e sexualidades. Através do uso de determinados apps (por exemplo, Grindr, Tinder, Brenda) assim como das redes sociais (por,. Exemplo, Facebook, Instagram), os sujeitos tanto produzem e consumem espaços sexualizados de múltiplos encontros (virtuais). Esses espaços sexualizados estão embutidos dentro das temporalidades dessas mídias e tecnologias: por exemplo, IRC chats, linguagem HTML ou as mídias sociais e tecnologias inteligentes aberta a diferentes configurações da relação entre espaço e sexualidade. Além do mais a produção e o uso das interfaces em que essas tecnologias são baseadas oferecem a possibilidade de jogar e experimentar com identidades, papéis e desejos.
Esses processos formam novas morfologias para metrópoles transnacionais e seus habitantes. Novas formas de sociabilidade e novas possibilidades de encontro são, então, oferecidas na vida cotidiana tanto dentro de cidades como no campo e em áreas de baixa densidade, também redefinindo nosso significado de lugar, espaço e territorialidade.
Estudos, pesquisas e análises de como as tecnologias digitais intervém nas geografias são uma esfera de estudo completamente nova a se descobrir. O acesso a esses instrumentos e espaços é desigual: de um lado, uma nova geração aparece como “nativos digitais”; por outro lado, alguns sujeitos aparecem como “não digitais”. Esta “divisão digital” pode ser relacionada a uma multiplicidade de fatores: desenvolvimento territorial desigual, dívida geracional, “analfabetismo” informático, ou até mesmo uma escolha crítica de auto-exclusão. Enquanto reconhecemos seu potencial, nós devemos ser também conscientes de como essas tecnologias podem ser apropriadas e administradas por poderes hegemônicos para o controle, o disciplinamento e mesmo a punição de dissidentes (sexuais). Esta ambivalência se torna crucial quando se considera a dimensão política desses instrumentos. Por um lado, mídias, tecnologias e redes sociais abrem novas formas e linguagens de ativismo político e disputa, favorecendo a criação de vínculos de longa distância e o compartilhamento de lemas e práticas. Por outro lado, a polícia e outras instituições podem usar esses instrumentos para reprimir, punir e controlar a dissidência sexual de múltiplas maneiras.
Seguindo as duas conferências anteriores realizadas em Bruxelas, em 2011, e em Lisboa, em 2013, esta conferência tem por objetivo reunir todos aqueles pesquisadores, acadêmicos, ativistas e pessoas dentro da geografia (e além) que estão interessados em criar um espaço aberto de debate e discussão ao redor de múltiplos tópicos ligados à relação entre mídia, espaço (urbano) e sexualidades.
Com base no argumento acima, nós convidamos à submissão de papers, painéis, e outras contribuições originais dentro dos seguintes temas. Tópicos de interesse podem (mas não estão limitados a)ser:
-as espacialiades dos encontros (sexuais) favorecidos pelas mídias e tecnologias: ocupam as cidades um papel proeminente? Quais as possibilidades são oferecidas pelas mídias e tecnologias em áreas rurais e de baixa de densidade?
- como a relação entre mídias e sexualidades reformula o senso de cidade e a divisão rural/urbano;
- quais possibilidades são abertas pela transmedialidade em relação tanto à vida (sexual) cotidiana quanto ao processo de pesquisa em si? As mídias e as tecnologias fazem as vidas de dissidentes sexuais mais “tolerável”?
-como diversas subjetividades (por exemplo, lésbicas, gays, trans) usam e se apropriam diferentemente das mídias e tecnologias;
-comunidades (sexualizadas) online: seus objetivos, composições, potencialidades;
-explorando a “divisão digital” tanto no norte como no sul global, incluindo os múltiplos eixos de inclusão e exclusão (por exemplo, idade, classe, escolaridade, divisão informática territorial);
-raça e controle digital: novas tecnologias de poder?
-mídia, tecnologias e identidade (sexual). Como o desejo é expresso e reformulado?
- as dialéticas de sujeição/subjetivação das mídia e tecnologias: abertura de novos espaços de possibilidade ou (re)produção de controle e disciplina?
-a produção de novas normatividades: quais novas normas (sexuais) são (re)produzidas através desses instrumentos?
-como a relação entre espaço urbano e sexualidade foi moldada pela introdução de novas mídias e tecnologias?
- o impacto da inovação tecnológica sobre as possibilidades de encontros (sexualizados) dentro dos espaços urbanos;
-aplicativos de encontros/paqueras e mídias sociais: quais possibilidades eles ofertam? Como as instituições os usam para disciplinar, controlar e reprimir?
-a apropriação e uso desses instrumentos pelos trabalhadores sexuais;
- políticas queer e ativismo online: novas formas, possibilidades e limites;
-performances online e arte queer;
-como essas novas ferramentas tecnológicas remodelam métodos de pesquisa e possibilidades;
- as novas dimensões éticas levantadas por esses novos aparatos no processo de pesquisa;
Nós encorajamos contribuições numa gama diversa de formatos. Ao lado da tradicional apresentação de papers, nós recebemos com entusiasmo discussões de painéis, discussões abertas, exibição de filmes, instalações e outras contribuições. Nós buscamos fomentar a conexão, o debate e as discussões atravessando fronteiras nacionais, comunidades linguísticas, e disciplinas acadêmicas.
Língua: Nós planejamos uma conferência multilíngue, e encorajamos os participantes a apresentar na lingual em que se sentirem mais confortáveis em usar entre espanhol, francês, inglês, italiano e português.
Esses processos formam novas morfologias para metrópoles transnacionais e seus habitantes. Novas formas de sociabilidade e novas possibilidades de encontro são, então, oferecidas na vida cotidiana tanto dentro de cidades como no campo e em áreas de baixa densidade, também redefinindo nosso significado de lugar, espaço e territorialidade.
Estudos, pesquisas e análises de como as tecnologias digitais intervém nas geografias são uma esfera de estudo completamente nova a se descobrir. O acesso a esses instrumentos e espaços é desigual: de um lado, uma nova geração aparece como “nativos digitais”; por outro lado, alguns sujeitos aparecem como “não digitais”. Esta “divisão digital” pode ser relacionada a uma multiplicidade de fatores: desenvolvimento territorial desigual, dívida geracional, “analfabetismo” informático, ou até mesmo uma escolha crítica de auto-exclusão. Enquanto reconhecemos seu potencial, nós devemos ser também conscientes de como essas tecnologias podem ser apropriadas e administradas por poderes hegemônicos para o controle, o disciplinamento e mesmo a punição de dissidentes (sexuais). Esta ambivalência se torna crucial quando se considera a dimensão política desses instrumentos. Por um lado, mídias, tecnologias e redes sociais abrem novas formas e linguagens de ativismo político e disputa, favorecendo a criação de vínculos de longa distância e o compartilhamento de lemas e práticas. Por outro lado, a polícia e outras instituições podem usar esses instrumentos para reprimir, punir e controlar a dissidência sexual de múltiplas maneiras.
Seguindo as duas conferências anteriores realizadas em Bruxelas, em 2011, e em Lisboa, em 2013, esta conferência tem por objetivo reunir todos aqueles pesquisadores, acadêmicos, ativistas e pessoas dentro da geografia (e além) que estão interessados em criar um espaço aberto de debate e discussão ao redor de múltiplos tópicos ligados à relação entre mídia, espaço (urbano) e sexualidades.
Com base no argumento acima, nós convidamos à submissão de papers, painéis, e outras contribuições originais dentro dos seguintes temas. Tópicos de interesse podem (mas não estão limitados a)ser:
-as espacialiades dos encontros (sexuais) favorecidos pelas mídias e tecnologias: ocupam as cidades um papel proeminente? Quais as possibilidades são oferecidas pelas mídias e tecnologias em áreas rurais e de baixa de densidade?
- como a relação entre mídias e sexualidades reformula o senso de cidade e a divisão rural/urbano;
- quais possibilidades são abertas pela transmedialidade em relação tanto à vida (sexual) cotidiana quanto ao processo de pesquisa em si? As mídias e as tecnologias fazem as vidas de dissidentes sexuais mais “tolerável”?
-como diversas subjetividades (por exemplo, lésbicas, gays, trans) usam e se apropriam diferentemente das mídias e tecnologias;
-comunidades (sexualizadas) online: seus objetivos, composições, potencialidades;
-explorando a “divisão digital” tanto no norte como no sul global, incluindo os múltiplos eixos de inclusão e exclusão (por exemplo, idade, classe, escolaridade, divisão informática territorial);
-raça e controle digital: novas tecnologias de poder?
-mídia, tecnologias e identidade (sexual). Como o desejo é expresso e reformulado?
- as dialéticas de sujeição/subjetivação das mídia e tecnologias: abertura de novos espaços de possibilidade ou (re)produção de controle e disciplina?
-a produção de novas normatividades: quais novas normas (sexuais) são (re)produzidas através desses instrumentos?
-como a relação entre espaço urbano e sexualidade foi moldada pela introdução de novas mídias e tecnologias?
- o impacto da inovação tecnológica sobre as possibilidades de encontros (sexualizados) dentro dos espaços urbanos;
-aplicativos de encontros/paqueras e mídias sociais: quais possibilidades eles ofertam? Como as instituições os usam para disciplinar, controlar e reprimir?
-a apropriação e uso desses instrumentos pelos trabalhadores sexuais;
- políticas queer e ativismo online: novas formas, possibilidades e limites;
-performances online e arte queer;
-como essas novas ferramentas tecnológicas remodelam métodos de pesquisa e possibilidades;
- as novas dimensões éticas levantadas por esses novos aparatos no processo de pesquisa;
Nós encorajamos contribuições numa gama diversa de formatos. Ao lado da tradicional apresentação de papers, nós recebemos com entusiasmo discussões de painéis, discussões abertas, exibição de filmes, instalações e outras contribuições. Nós buscamos fomentar a conexão, o debate e as discussões atravessando fronteiras nacionais, comunidades linguísticas, e disciplinas acadêmicas.
Língua: Nós planejamos uma conferência multilíngue, e encorajamos os participantes a apresentar na lingual em que se sentirem mais confortáveis em usar entre espanhol, francês, inglês, italiano e português.